domingo, 26 de abril de 2009

COMUNICAÇÃO DEVE SER ATIVA E NÃO SÓ REATIVA

Em muitos aspectos, principalmente no interior, o cidadão continua muito maltratado e sem entender o que acontece na administração pública. Vive-se de boatos, de ouvir dizer. A comunicação com a imprensa e com o cidadão continua muito longe do ideal. Noticias são ventiladas aos quatro ventos (via bastidores) e rumores surgem por todos os lados. Por que isso acontece? Porque o canal de comunicação oficial muitas vezes não é eficiente. O cidadão passa a se valer de outras fontes de informação não oficiais como sites, jornais e rádios devido ao fato de que a informação oficial é incompleta ou ainda, na maioria das vezes, inexistente. E os jornalistas acabam tirando conclusões e apresentando assuntos também incompletos pela falta de retorno de quem está no poder. Existem exceções, mas a regra tem sido delegar a terceiro plano a comunicação oficial em cidades do interior.
Falar com a imprensa não significa ter que escrever um relatório de páginas e páginas. O que falta muitas vezes é o mandatário do poder entender que uma simples nota, uma pequena resposta, ou comunicado, até mesmo um email, derrubam por completo as especulações, o disse me disse.
A comunicação tem que ser ativa e não reativa, ou seja, não se pode ficar esperando uma notícia dada num veículo de comunicação para desmentir ou ainda, confirmar aquilo que todos já sabiam. Entendo também como muito importante a divulgação de “press releases” (ou divulgação para a imprensa) do que está acontecendo com o Governo para que este sempre esteja na mídia e a imagem seja fortalecida. Os políticos só têm a lucrar com exposição e comunicação.
A transparência e a boa convivência entre cidadãos, governantes, instituições e imprensa ajuda e muito a busca pelo desenvolvimento de uma cidade.

Sérgio Monteiro
jornalista