A chegada da Semana Santa reforçou uma polêmica entre os moradores de Caxambu. Há tempos, o volume do som das músicas das celebrações nas igrejas católicas e evangélicas tem sido motivo de reclamação entre a população. Os fiscais da prefeitura já orientaram os templos para que o limite de ruído tolerado não seja ultrapassado, mas até agora nenhuma providência foi tomada. O assunto chegou à Câmara de vereadores. O descumprimento da lei pode gerar multa, suspensão do alvará e até interdição do templo. Segundo o secretário de Meio Ambiente Reinaldo Guedes, haverá fiscalização sempre que a prefeitura receber queixas dos moradores, mas que as igrejas podem pedir ajuda para regular o nível dos ruídos. O decreto 690/1996 assegura que o nível de ruído tolerado nas áreas residenciais em caxambu, não pode ser superior à 55 decibeis durante o dia, 50 decibeis à noite e 45 durante a madrugada. Mas nem sempre o que está previsto na lei é cumprido. Durante uma procissão, o decibelímetro, aparelho que mede a intensidade do som, indicou 60 decibeis na varanda de uma casa. O pároco José Douglas Baroni afirma que no momento das procissões o volume excedido deve ser permitido, pois trata-se de um momento de fé em que ninguém é incomodado. Mas os líderes religiosos da cidade ficaram apreensivos depois que a Secretaria de Meio Ambiente enviou um comunicado, alertando sobre as normas de poluição sonora. De acordo com o pastor Jair Alves de Moura, não há conhecimento sobre quantos decibeis são emitidos durante as celebrações. Com o apoio da Câmara, o grupo elaborou um documento para pedir a flexibilização das normas. Segundo o presidente da Câmara José Luiz Nogueira, a moção será levada às igrejas para ser assinada pelos fieis e depois enviada à prefeitura. Fonte: EPTV