Às Mães de Caxambu
Num destes milagres tecnológicos que a informática nos oferece, me pego aqui, dentro de um ônibus, escrevendo essa coluna para poder enviar ao Noticiarama dentro do prazo. Estou a caminho de São Paulo, ao encontro de uma oportunidade de trabalho conquistada, porque em época de crise e empregos escassos em nossa cidade, nos vemos obrigados a correr até onde estas oportunidades estejam, mesmo que distantes de nosso lar, nossa família, nossa terra.
E justamente aí me ocorreu das dificuldades enfrentadas por tantos caxambuenses que buscam o mesmo caminho. Quer trabalhando, quer estudando para encontrar um emprego,
mas sempre inevitavelmente, em busca das oportunidades negadas em nossa região. Guerreiros que abdicam de todo o calor de amigos e familiares, para enfrentarem o mundo atrás da realização de seus sonhos, projetos e conquistas pessoais.
E não há como não pensar nas mães desses guerreiros e guerreiras que em sua maioria continuam por aqui, com seus corações apertados de saudades, de angustia pela proteção dos seus, apertados de tanto amor à distância. Mães fortes como rochas e ao mesmo tempo frágeis como flores, que rezam por seus filhos, que esperam o próximo feriado para se debruçarem na janela em busca do sorriso que lhes falta diariamente, em busca do abraço que há tanto não aquece as noites frias dessa ausência forçada. Até quando as mães verão seus filhos procurarem o sucesso fora do seu ninho??? Até quando Caxambu deixará de oferecer uma chance digna para seus filhos ficarem com suas mães??
São Anas, Marias, Sofias, Terezas, mas acima de tudo, MÃES. As mesmas mães das filas da Policlínica, que ainda são obrigadas a enfrentar as madrugadas frias na fila, em busca de uma consulta para seus filhos; mães das crianças das creches, que por necessidade entregam seus filhos desde cedo aos cuidados de terceiras “mães”, para ajudarem no orçamento familiar; mães que agradecem a Deus pela merenda das escolas municipais, muitas vezes as únicas de seus filhos. Mães que sofrem com seus filhos, ao lado do marido desempregado, do marido sub-empregado, muitas vezes humilhado diuturnamente por um trabalho indigno, pela falta de opções ou mesmo de condições de recusar tais humilhações.
As Mães são muitas, os filhos também... Diferentes em nomes, em cores, em dores. Diferentes nas escolhas pelos caminhos, diferentes nas formas de amar, mas nunca sem deixarem de amar.
Numa coisa as mães não diferem: Na Bênção Divina que recebem ao serem escolhidas por Deus para trazerem esses filhos ao mundo, e assim se doarem eternamente ao amor por esses filhos. Filhos distantes, filhos ausentes, filhos presentes, ...filhos.
Penso nas Mães de Caxambu, que perdem o convívio de seus filhos ausentes; filhos distantes do carinho, distantes da proteção do colo, distantes da comida predileta, ou mesmo distantes daquela bronca merecida.
Penso nas Mães de Caxambu que perdem as esperanças dia após dia de verem seus filhos se manterem ao seu lado, pela falta do trabalho, pela falta de cultura, de ensino de qualidade, de diversão, pela falta de incentivo em crescer, pela falta da verdadeira democracia consciente e participativa; pela falta de “BARULHO”, tão insistente e burramente combatido, mal interpretado e negado, (Ahhh... que falta faz o “BOM BARULHO” nessa cidade)...
Penso nas Mães de Caxambu, que amam, que sofrem, saudosas, que com coragem esperam sempre em suas janelas, pelos sorrisos, pelo progresso, por uma Caxambu melhor, que lhes tragam dias de casa cheia de filhos, de alegria, de amor presente.... Não de amor, nem de sonhos à distância....
Parabéns pelo seu dia Mãe!
Parabéns à Minha Mãe Ana Maria, que me ensinou a acreditar em sonhos e no amor.
E justamente aí me ocorreu das dificuldades enfrentadas por tantos caxambuenses que buscam o mesmo caminho. Quer trabalhando, quer estudando para encontrar um emprego,
mas sempre inevitavelmente, em busca das oportunidades negadas em nossa região. Guerreiros que abdicam de todo o calor de amigos e familiares, para enfrentarem o mundo atrás da realização de seus sonhos, projetos e conquistas pessoais.
E não há como não pensar nas mães desses guerreiros e guerreiras que em sua maioria continuam por aqui, com seus corações apertados de saudades, de angustia pela proteção dos seus, apertados de tanto amor à distância. Mães fortes como rochas e ao mesmo tempo frágeis como flores, que rezam por seus filhos, que esperam o próximo feriado para se debruçarem na janela em busca do sorriso que lhes falta diariamente, em busca do abraço que há tanto não aquece as noites frias dessa ausência forçada. Até quando as mães verão seus filhos procurarem o sucesso fora do seu ninho??? Até quando Caxambu deixará de oferecer uma chance digna para seus filhos ficarem com suas mães??
São Anas, Marias, Sofias, Terezas, mas acima de tudo, MÃES. As mesmas mães das filas da Policlínica, que ainda são obrigadas a enfrentar as madrugadas frias na fila, em busca de uma consulta para seus filhos; mães das crianças das creches, que por necessidade entregam seus filhos desde cedo aos cuidados de terceiras “mães”, para ajudarem no orçamento familiar; mães que agradecem a Deus pela merenda das escolas municipais, muitas vezes as únicas de seus filhos. Mães que sofrem com seus filhos, ao lado do marido desempregado, do marido sub-empregado, muitas vezes humilhado diuturnamente por um trabalho indigno, pela falta de opções ou mesmo de condições de recusar tais humilhações.As Mães são muitas, os filhos também... Diferentes em nomes, em cores, em dores. Diferentes nas escolhas pelos caminhos, diferentes nas formas de amar, mas nunca sem deixarem de amar.
Numa coisa as mães não diferem: Na Bênção Divina que recebem ao serem escolhidas por Deus para trazerem esses filhos ao mundo, e assim se doarem eternamente ao amor por esses filhos. Filhos distantes, filhos ausentes, filhos presentes, ...filhos.
Penso nas Mães de Caxambu, que perdem o convívio de seus filhos ausentes; filhos distantes do carinho, distantes da proteção do colo, distantes da comida predileta, ou mesmo distantes daquela bronca merecida.
Penso nas Mães de Caxambu que perdem as esperanças dia após dia de verem seus filhos se manterem ao seu lado, pela falta do trabalho, pela falta de cultura, de ensino de qualidade, de diversão, pela falta de incentivo em crescer, pela falta da verdadeira democracia consciente e participativa; pela falta de “BARULHO”, tão insistente e burramente combatido, mal interpretado e negado, (Ahhh... que falta faz o “BOM BARULHO” nessa cidade)...
Penso nas Mães de Caxambu, que amam, que sofrem, saudosas, que com coragem esperam sempre em suas janelas, pelos sorrisos, pelo progresso, por uma Caxambu melhor, que lhes tragam dias de casa cheia de filhos, de alegria, de amor presente.... Não de amor, nem de sonhos à distância....
Parabéns pelo seu dia Mãe!
Parabéns à Minha Mãe Ana Maria, que me ensinou a acreditar em sonhos e no amor.
