segunda-feira, 11 de maio de 2009

PRA QUEM NÃO FOI NO SHOW DA IVETE SANGALO

Leia abaixo relato da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de São Lourenço sobre o show de Ivete Sangalo na cidade no último sábado. Para quem não foi ao evento, uma descrição jornalística do que é considerado o evento do ano na região.








Ivete Sangalo esquenta Ilha e diz que vai voltar este ano

A cantora baiana esbanjou simpatia e carisma. Recebeu o prefeito a bordo do trio, tirou retrato com fãs, passeou de carro pela cidade e dormiu na Fazenda Ramon



A lua cheia anunciou a noite fria. Ivete – baiana acostumada com o calor tropical – entrou com seu demolidor, o de número 3, mas sentiu o ar gelado que vinha do rio Verde. Chegou cantando Dalila, com vestido preto marcando a barriguinha de uma futura mamãe orgulhosa, feliz e poderosa, como se declarou. Se sentiu amada e grata ao ver cerca de 12 mil pessoas felizes, pulando, cantando e gritando seu nome, debaixo do sereno.

- As pessoas que saem de casa nesse frio pra ver o artista, é porque gosta muito do artista, disse Ivete.

Verdade. Há semanas não se falava outra coisa na cidade que não fosse do show da cantora baiana. No dia do evento, o trânsito fechou – pela primeira vez na história da cidade – o acesso do centro da cidade com o Ramon. Sem qualquer problema. Deu tudo muito certo. Às dez horas da noite, duas antes de começar o show principal, uma fila enorme se formava na entrada do centro de eventos. Mas andou muito rápido.

A organização do show, realizado pela Sai do Chão, de São Paulo, e pela Sol Produtora, de São Lourenço, com o apoio do Serviço Autônomo de Turismo da prefeitura, foi eficiente, discreta e educada com todos. Enquanto a Banda Balakubaka, de São Paulo, iniciava os trabalhos, os espaços dos camarotes e da pista foram todos ocupados. E o frio? Impossível sentir. O clima era quente, principalmente na pista.

Ivete chegou lá pelas dez, direto do aeroporto de Caxambu, e recebeu a bordo do trio o prefeito Zé Neto com a esposa, Christiane. Bufês da cidade – Abelhinha e Da Fazenda - abasteceram o trio com frutas, frios, pães, queijos e doces da região. A Nestlé mandou todas as águas que engarrafa e cestas com produtos típicos da região foram presenteadas a cantora.

As duas horas de social, fotos e entrevistas, que antecederam ao show, passaram rápido. A meia noite o demolidor 3 acendeu seus néons, ligou seus motores e começou a se movimentar. Os efeitos de iluminação às vezes impediam um visual limpo do palco principal. Fogos pouco barulhentos e muito coloridos acompanharam os primeiros movimentos do trio em direção ao centro da Ilha. Ivete soltou seu vozeirão de Dalila, as maquininhas digitais dispararam, os pescoços esticaram, os braços levantaram, as vozes aumentaram ..... e o show começou.

Quem conseguiu uma vaga no demolidor – a equipe que trabalhou na organização, o pessoal do bufê – já tem um história pra colocar no currículo de fã. Eles vieram fazendo a festa, contidos nos espaços laterais, podendo ver Ivete mais de perto, vendo o que ela estava vendo. Como a briga que ameaçou começar bem na frente do demolidor. A baiana parou, botou a mão nas cadeiras e disparou com a maior simpatia: “Que palhaçada é essa? Aqui no meu show não tem machão, não tem valentão, não, que eu mando logo botar pra fora...” Todo mundo vaiou o valentão, ela elogiou as mulheres bonitas da platéia e o show continuou.

Apesar das cerca de 12 mil pessoas, foi um show íntimo. Quase uma festa familiar. Muitos fãs vieram das cidades vizinhas, do Vale do Paraíba e até do Rio e de São Paulo. Mas a maioria dos rostos eram todos conhecidos, de gente que se cruza diariamente nos bancos, nos postos de saúde, nas ruas, nos supermercados. Gente que viu e ouviu Ivete, há 12 anos, cantando num campo de futebol, a frente da Banda Eva. Uma cantora tão diferente, que, como ela mesma disse sábado, “jamais se poderia imaginar em cima de uma moto, vestida com um macacão preto, tão colado que não dava nem pra soltar um pum, cantando para um Maracanã lotado”.

O show terminou no pique que começou. Eram mais de duas horas da manhã. O povo voltou pra casa andando pelas ruas da cidade sem medo. Que benção! Lastimável ficou a Ilha e arredores: entulhada de latas e garrafas pets. Só das ruas de acesso foram retiradas cinco toneladas de lixo.A limpeza da Ilha começou segunda-feira, depois que a estrutura do espetáculo foi desmontada, mas ficou claro:ainda há que se arranjar um jeito de distribuir mais lixeiras e educar o povo a não jogar lixo no chão. Costume dos mais básicos.

Ivete deixou o demolidor, deu uma volta de carro pela cidade e foi dormir na Fazenda Ramon. Sentiu-se um pouco indisposta. Nada sério, às 13 horas foi embora com vontade de comer ambrosia e prometendo voltar ainda este ano a São Lourenço. Foi o que disse do alto do trio.