Soube outro dia de um circo que estava falido, como quase todos os circos. Todos os artistas mais caros já tinham ido embora, só restou o palhaço,que ganhava menos, mas era o que mais trabalhava, pois ajudava a montar, a limpar, a cozinhar, a servir e ainda por cima.... era o Palhaço. E todos foram embora, o trapezista foi pular em outra rede, o malabarista se equilibrou em outro palco, a bailarina se perdeu em uma casa de espetáculo, o mágico, pra tristeza do coelhinho, virou frentista de posto, o domador, bem, o domador já tinha perdido o cargo por conta do Ibama, mas o Palhaço ficou. Ficou por saber que no horário marcado para o espetáculo lá teriam crianças, e assim, na hora certa se paramentou, quase como um sacerdote, da alegria, se maquiou e subiu ao picadeiro. Fez o melhor espetáculo de sua vida, ao final foi aplaudido, viu crianças chorando pelo fim do espetáculo, voltou ao camarim e pensou:
- Sim, valeu a pena! Eu fiz a minha parte, se os donos do circo falharam pelo menos eu fiz a minha parte.
Hoje vi alguns professores fantasiados de palhaços em uma passeata, se não me engano em São Lourenço e de repente me vi ante uma meditação que realmente se faz merecedora de espaço neste momento.
- Que bom seria se nossos professores fossem realmente palhaços. Se tivessem a abnegação dos palhaços, tivessem o DOM dos palhaços, tivessem o poder de encantamento dos palhaços. Quem sabe se nossos professores, tivessem a facilidade de convencer as crianças assim como todo palhaço tem, tivessem a magia e o conhecimento que tem o palhaço, quem sabe se nossos professores, ao invés de se fantasiar, assumissem a leveza e a ternura do palhaço, atraíssem o olhar encantado das crianças, assim como os palhaços. Quem sabe se nossos professores, assim como os palhaços, acreditassem naquilo que transmitem aos educandos, quem sabe se eles (os “mestres”), assim como os palhaços buscassem se aprimorar a cada espetáculo, digo aula, buscassem aprender e se reciclar assim como o palhaço. Quem sabe se nossos professores, assim como os palhaços, a cada dia pudessem transmitir alem de conhecimento, alegria e pudessem, assim com o palhaço se alegrar, encantar e deixar-se encantar, pudessem ser felizes por transmitir, por ensinar, por educar. Aí sim, finalmente poderíamos dizer que o Circo da Educação valeu a pena. E aquelas crianças com as quais aprendemos a sorrir, juntos iriam, conscientizadas, dirigir este país e assim o que para nós parecia utópico se tornaria realidade.
JTAD
Amauri Pinto
www.educacaoemdebate.com
- Sim, valeu a pena! Eu fiz a minha parte, se os donos do circo falharam pelo menos eu fiz a minha parte.
Hoje vi alguns professores fantasiados de palhaços em uma passeata, se não me engano em São Lourenço e de repente me vi ante uma meditação que realmente se faz merecedora de espaço neste momento.
- Que bom seria se nossos professores fossem realmente palhaços. Se tivessem a abnegação dos palhaços, tivessem o DOM dos palhaços, tivessem o poder de encantamento dos palhaços. Quem sabe se nossos professores, tivessem a facilidade de convencer as crianças assim como todo palhaço tem, tivessem a magia e o conhecimento que tem o palhaço, quem sabe se nossos professores, ao invés de se fantasiar, assumissem a leveza e a ternura do palhaço, atraíssem o olhar encantado das crianças, assim como os palhaços. Quem sabe se nossos professores, assim como os palhaços, acreditassem naquilo que transmitem aos educandos, quem sabe se eles (os “mestres”), assim como os palhaços buscassem se aprimorar a cada espetáculo, digo aula, buscassem aprender e se reciclar assim como o palhaço. Quem sabe se nossos professores, assim como os palhaços, a cada dia pudessem transmitir alem de conhecimento, alegria e pudessem, assim com o palhaço se alegrar, encantar e deixar-se encantar, pudessem ser felizes por transmitir, por ensinar, por educar. Aí sim, finalmente poderíamos dizer que o Circo da Educação valeu a pena. E aquelas crianças com as quais aprendemos a sorrir, juntos iriam, conscientizadas, dirigir este país e assim o que para nós parecia utópico se tornaria realidade.
JTAD
Amauri Pinto
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