terça-feira, 8 de junho de 2010

HÉLIO COSTA COMEMORA INDICAÇÃO COMO CANDIDATO DA BASE DE LULA AO GOVERNO

O ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB) comemorou a indicação como único candidato da base aliada do governo Lula ao Palácio da Liberdade, antes mesmo da reunião dos presidentes nacionais do PT, José Eduardo Dutra e do PMDB, Michel Temer, em Brasília, que oficializou seu nome, no final da tarde desta segunda-feira, em Brasíila. Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, ele disse acreditar que os petistas mineiros irão arregaçar mangas na campanha e garantiu que a decisão não foi tomada à revelia do diretório estadual. Veja a entrevista concedida na tarde desta segunda-feira.

ESTADO DE MINAS - Até domingo, o PT mineiro ainda anunciava o nome do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel como candidato, mas depois da reunião entre os presidentes nacionais do PT e do PMDB com a ministra Dilma Roussef, nesta terça-feira, ficou decidido que o candidato será o senhor. A decisão partiu de um acordo, ou as direções nacionais passaram por cima das decisões estaduais?

Hélio Costa - A construção de um acordo sempre se dá em etapas. Acho que nós vencemos uma etapa. O bom senso foi importante no processo de estudar as perspectivas entre os candidatos: quem é que pode unir mais a base e trazer mais apoios. Os dois partidos, PT e PMDB juntos, podem ganhar a eleição, mas separadamente, lamentavelmente, não haveria muitas condições de vitória.

Depois de tantas tensões entre os dois partidos, cada um com um candidato, o senhor acredita que o PT mineiro vá abraçar a sua candidatura?

Não tenho motivos para não acreditar nisso. Sempre fui um aliado do presidente Lula, desde o primeiro mandato. Fui durante cinco anos ministro da confiança dele, tenho uma ótima relação com os companheiros do PT. O que houve até agora foram disputas, o que é normal dentro dos partidos. A partir de agora, vamos apresentar nossa proposta para Minas e defender a candidatura da ministra Dilma à Presidência.

Qual o espaço do PT na chapa?

Estamos ainda avaliando a formação da chapa. A linha a seguir é de trabalhar em conjunto, para encontrar os melhores nomes, por meio de uma comissão formada por petistas e peemedebistas. Não sabemos ainda. Temos nomes capazes e qualificados em todos os partidos da base.

Nos bastidores, comenta-se que o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, seria candidato a vice-governador. É só um boato?

Patrus é o candidato preferencial de todos nós. Seria um sonho ter os três nomes que estiveram disputando este espaço na chapa: eu, Patrus e Pimentel. Se nós conseguirmos isso, cerrtamente, aumentaremos a nossa chance de vitória. O ministro Patrus tem um trabalho extraordinário prestado a Minas.

O senhor não teme que o PT mineiro, que até ontem tentou entrar em acordo com o PMDB para que Pimentel fosse o cabeça da chapa, cruze os braços, reagindo a uma decisão tomada pela cúpula nacional?

Acho que a decisão foi construída, discutida e muito elaborada também pelos companheiros do PT. É uma decisão dos dois partidos. Não houve imposição. Nós chegamos a um entendimento.

Patrícia Aranha - Estado de Minas