O presidente do PR em Minas, Clésio Andrade, garantiu que, apesar de retirar a sua candidatura ao Senado e liberar os candidatos a deputado estadual e federal a apoiarem a reeleição do governador Antonio Anastasia (PSDB) vai fazer campanha para o senador Hélio Costa (PMDB), candidato da aliança entre o PT e o PMDB. Na prática, o PR é o primeiro partido a institucionalizar o “Dilmasia”, com os candidatos pedindo votos para a candidata à presidência pelo PT, Dilma Roussef e para Anastasia. É uma repetição do que aconteceu em 2006, quando prefeitos e candidatos fizeram campanha pelas reeleições do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para o ex-governador Aécio Neves, movimento que ganhou o nome de “Lulécio”.
“Apenas desisti de disputar o Senado para ajudar companheiros que queriam se coligar com o PSDB, porque sozinhos na eleição proporcional, ficaria mais difícil para eles. Estamos liberando os deputados a seguirem seu próprio caminho. Pelo fato de se coligarem proporcionalmente ao PSDB vão acompanhar o palanque único de Dilma, mas estão liberados no plano estadual”, disse
“Apenas desisti de disputar o Senado para ajudar companheiros que queriam se coligar com o PSDB, porque sozinhos na eleição proporcional, ficaria mais difícil para eles. Estamos liberando os deputados a seguirem seu próprio caminho. Pelo fato de se coligarem proporcionalmente ao PSDB vão acompanhar o palanque único de Dilma, mas estão liberados no plano estadual”, disse
Clésio, que foi vice-governador no primeiro mandato de Aécio, entre 2003 e 2006, afirmou ainda que o PSDB mineiro não colocou empecilhos a que o PR faça campanha para Dilma. “Já foi acordado com o Nárcio (deputado federal Nárcio Rodrigues, presidente do PSDB mineiro) que o PR não acompanhará o apoio ao governador Anastasia, mas que os deputados sim”, disse ele.
Com a decisão do PR, o partido passa a ser o primeiro da base aliada do governo Lula em Minas a abandonar a aliança encabeçada por PT e PMDB. Antes da definição pelo nome do senador Hélio Costa (PMDB) como candidato ao governo, o PR ainda mantinha as esperanças de ter representatividade na chapa. No domingo, em reunião com PT e PCdoB, o nome de Clésio foi cotado como candidato a vice-governador, no caso de o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) ser o candidato ao governo e Hélio Costa, o único candidato da base aliada ao Senado. Depois da definição de que Hélio Costa será candidato ao governo e Pimentel ao Senado, foi oferecido a Clésio ser suplente de Pimentel. O ex-vice-governador já é suplente do senador Eliseu Resende (DEM), cujo mandato só termina em 2014 e não aceitou a proposta. “Agradeci a Pimentel e Hélio Costa pelo convite”, limitou-se a dizer
Fonte: Jornal o Estado de Minas