Quem quiser votar em Hélio Costa nas eleições de outubro tem mais de uma opção. Além do candidato ao governo de Minas, o filho do senador que disputa o Palácio da Liberdade concorre ao cargo de deputado federal com o mesmo nome e número de urna já usado pelo pai, ambos pelo PMDB. Estreante na política, o médico Hélio José Tollendal Costa causa ciúme na coligação formada por PT, PMDB, PCdoB e PRB por sua simples presença na chapa. Nem mesmo pai e filho se entendem sobre a candidatura. Hélio pai pensa que não seria o momento de lançar um sucessor na corrida eleitoral.
Candidato pela primeira vez, Hélio Costa, de 44 anos, resolveu seguir o mesmo rumo do pai. Depois de morar em Miami, Flórida, onde exercia a medicina, voltou a Minas Gerais e decidiu entrar para a política. “Meu pai como político também precisa de um sucessor, já está com 71 anos e com certeza essa deve ser a última eleição dele, depois a pessoa cansa. Também estou seguindo os passos de Juscelino Kubitschek, que era médico, e animei entrar nessa esfera política”, afirmou Costa.
O filho do senador não pediu permissão para se candidatar. “Quando tinha 18 pedia, depois não se pede mais. Mas conversei com ele antes.” Na conversa, no entanto, Hélio Costa disse que o pai o desaconselhou, dizendo que ele teria mais qualidade de vida continuando a atuação como médico. O filho rebateu de pronto: “Para ser franco, apesar de ele ser uma pessoa que adora fazer o que faz, é um pouco preocupado como pai, mas como sou médico já estou acostumado a dar plantão e ser exigido”, disse.
O candidato a deputado disse que fará a campanha independentemente do pai, mas que não há como negar o vínculo sanguíneo. “Acho que é hora de entrar para a política e de meu pai fazer um sucessor. O que eu não podia permitir era que candidatos que se passam por parentes continuassem a fazer isso. Sei de outros que tentaram registrar o nome parecido mas, se for para votar neste critério, que votem no verdadeiro. Sou ligado a ele pelo sangue, não por oportunismo”, afirmou, referindo-se a outros concorrentes que usam o sobrenome Costa.
Não é por acaso que a candidatura de Hélio Costa vem causando ciumeira na coligação. Primeiro, o incômodo veio em Barbacena, reduto eleitoral do pai, onde esperava-se que o candidato ao governo apoiasse o vereador peemedebista Gonzaga, seu aliado político. Depois, entre integrantes da própria chapa de deputados. Questionado sobre o assunto, um petista afirmou que o filho de Hélio Costa não seria candidato, pois isso prejudicaria o grupo.
Além de homônimo, Hélio Costa usa o número que foi do pai em eleições anteriores, o que poderia lhe render mais holofotes. “Tem números mais procurados, mas preferi esse por ser o número que era dele e, como filho legítimo, tenho direito.” Se eleito, pretende atuar na área da saúde e como base de sustentação no Congresso de um eventual governo do pai. Hélio Costa nasceu em Washington, quando o pai era jornalista.
O senador Hélio Costa não se mostrou contente com a intenção do filho de concorrer. Apesar de o nome e o número estarem registrados no Tribunal Regional Eleitoral, questionado pela reportagem, Costa disse que o filho não é candidato. “Ele está estudando, mas não creio que isso vá acontecer não. Acho que não é a hora”, afirmou. Sobre o apoio em Barbacena, sua região, Hélio Costa afirmou ter, por enquanto, um candidato a deputado estadual e que o nome para concorrer a uma vaga na Câmara ainda será definido “entre os partidos da coligação”.
Já Hélio Costa, o filho, vê com tranquilidade a ciumeira que sua candidatura está causando. “Ciúme só é válido no relacionamento homem-mulher. Qualquer outra situação que gerar ciúme, como médico, acho uma patologia. Se a pessoa tem competência e uma formação por trás não precisa se incomodar”, afirmou. E para quem duvida de sua candidatura, responde. “Estou animado. Tenho direito consanguíneo. Se isso está gerando algum problema não posso fazer nada. O importante é que, sendo candidato do PMDB, também vamos trazer voto de legenda”, afirmou.
Juliana Cipriani - Estado de Minas
Candidato pela primeira vez, Hélio Costa, de 44 anos, resolveu seguir o mesmo rumo do pai. Depois de morar em Miami, Flórida, onde exercia a medicina, voltou a Minas Gerais e decidiu entrar para a política. “Meu pai como político também precisa de um sucessor, já está com 71 anos e com certeza essa deve ser a última eleição dele, depois a pessoa cansa. Também estou seguindo os passos de Juscelino Kubitschek, que era médico, e animei entrar nessa esfera política”, afirmou Costa.
O filho do senador não pediu permissão para se candidatar. “Quando tinha 18 pedia, depois não se pede mais. Mas conversei com ele antes.” Na conversa, no entanto, Hélio Costa disse que o pai o desaconselhou, dizendo que ele teria mais qualidade de vida continuando a atuação como médico. O filho rebateu de pronto: “Para ser franco, apesar de ele ser uma pessoa que adora fazer o que faz, é um pouco preocupado como pai, mas como sou médico já estou acostumado a dar plantão e ser exigido”, disse.
O candidato a deputado disse que fará a campanha independentemente do pai, mas que não há como negar o vínculo sanguíneo. “Acho que é hora de entrar para a política e de meu pai fazer um sucessor. O que eu não podia permitir era que candidatos que se passam por parentes continuassem a fazer isso. Sei de outros que tentaram registrar o nome parecido mas, se for para votar neste critério, que votem no verdadeiro. Sou ligado a ele pelo sangue, não por oportunismo”, afirmou, referindo-se a outros concorrentes que usam o sobrenome Costa.
Não é por acaso que a candidatura de Hélio Costa vem causando ciumeira na coligação. Primeiro, o incômodo veio em Barbacena, reduto eleitoral do pai, onde esperava-se que o candidato ao governo apoiasse o vereador peemedebista Gonzaga, seu aliado político. Depois, entre integrantes da própria chapa de deputados. Questionado sobre o assunto, um petista afirmou que o filho de Hélio Costa não seria candidato, pois isso prejudicaria o grupo.
Além de homônimo, Hélio Costa usa o número que foi do pai em eleições anteriores, o que poderia lhe render mais holofotes. “Tem números mais procurados, mas preferi esse por ser o número que era dele e, como filho legítimo, tenho direito.” Se eleito, pretende atuar na área da saúde e como base de sustentação no Congresso de um eventual governo do pai. Hélio Costa nasceu em Washington, quando o pai era jornalista.
O senador Hélio Costa não se mostrou contente com a intenção do filho de concorrer. Apesar de o nome e o número estarem registrados no Tribunal Regional Eleitoral, questionado pela reportagem, Costa disse que o filho não é candidato. “Ele está estudando, mas não creio que isso vá acontecer não. Acho que não é a hora”, afirmou. Sobre o apoio em Barbacena, sua região, Hélio Costa afirmou ter, por enquanto, um candidato a deputado estadual e que o nome para concorrer a uma vaga na Câmara ainda será definido “entre os partidos da coligação”.
Já Hélio Costa, o filho, vê com tranquilidade a ciumeira que sua candidatura está causando. “Ciúme só é válido no relacionamento homem-mulher. Qualquer outra situação que gerar ciúme, como médico, acho uma patologia. Se a pessoa tem competência e uma formação por trás não precisa se incomodar”, afirmou. E para quem duvida de sua candidatura, responde. “Estou animado. Tenho direito consanguíneo. Se isso está gerando algum problema não posso fazer nada. O importante é que, sendo candidato do PMDB, também vamos trazer voto de legenda”, afirmou.
Juliana Cipriani - Estado de Minas