quinta-feira, 12 de agosto de 2010

UFLA DESENVOLVE PROJETO CAPAZ DE DIMINUIR A PRODUÇÃO DE RESÍDUOS E OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS POR ELES

Um projeto de pesquisa realizado pela Universidade Federal de Lavras – UFLA - pode ajudar a diminuir os impactos causados pelo homem aos aterros sanitários da cidade e prolongar sua vida útil. Desenvolvido pelo Departamento de Agricultura – Plantas Oleaginosas, sob a orientação do professor Antônio Carlos Fraga, o projeto consiste em três etapas: colheita de resíduos em restaurantes industriais de Lavras; sua reciclagem, transformando-os em adubo; e, por último, a qualificação desse adubo, com a análise dos resultados. Dessa forma, os pesquisadores pretendem gerar informações que permitam ao sistema municipal estabelecer parâmetros sobre a quantidade de resíduos produzidos somente pelos restaurantes.
Há aproximadamente um ano e meio, os alunos envolvidos no projeto, semanalmente, visitam os restaurantes participantes da pesquisa, medindo a quantidade de resíduos produzidos por cada um. Todo o tipo de resíduo é recolhido: restos de alimentos, vidros, papeis, plásticos. Em setembro, os pesquisadores iniciam a segunda fase de desenvolvimento do projeto: a transformação dos resíduos em adubo orgânico. Na metade dos estudos, o Departamento de Agricultura já concluiu que a grande maioria dos resíduos é orgânica e que 100% do material descartado pode ser reciclado, transformado em adubo, ou ainda, utilizado na produção de energia, como álcool ou biogás.
O professor Fraga acredita que o projeto possa ter grande valor para as políticas públicas sanitárias da cidade, mas ressalta a importância da consciência ambiental da população: “Os aterros sanitários, da maneira como são pensados hoje, são efêmeros. Um aterro construído com vida útil de cinco anos, já com quatro, não é mais funcional, devido ao grande número de lixo acumulado. Dar um fim adequado aos resíduos garante maior longevidade aos aterros. Entretanto, a consciência da população na produção de menos lixo, auxiliaria, ainda mais, em sua conservação”.

Matéria enviada por: Eliana Sonja - E Comunicação