domingo, 5 de dezembro de 2010

FESTIVAL DE JAZZ DE CAXAMBU CONFIRMA ATRAÇÕES PARA JANEIRO


Alguns nomes do Festival de Jazz de Caxambu que acontece de 27 a 29 de janeiro de 2011 promovido pela Associação Caxambu Mais foram confirmados pela organização do evento. Confira abaixo detalhes de cada um deles e o que vão apresentar nos shows.

SÉRGIO SANTOS

O mineiro Sérgio Santos, nascido em Varginha, começa sua carreira musical participando como cantor do espetáculo “Missa dos Quilombos” de Milton Nascimento. A partir daí aperfeiçoa seus conhecimentos musicais como violonista, intérprete, arranjador e compositor. Trabalha como diretor musical, produtor e arranjador em CDs de Tadeu Franco, Tavinho Moura, Beto Reis, Flávio Henrique, Marina Machado e Cláudia Cunha. Com o poeta Paulo César Pinheiro, seu grande parceiro, compõe uma obra de cerca de 200 músicas. Tem suas musicas gravadas por artistas como Leila Pinheiro, Ana de Hollanda, Alcione, Fátima Guedes, Simone Guimarães, Cláudio Nucci, Joyce, Olívia Hime e Milton Nascimento.
Tem 6 CDs gravados, com participações de artistas como Sivuca, Raphael Rabello, Joyce, Uakti, Lenine, Francis Hime, Leila Pinheiro e Dori Caymmi. Seu primeiro CD "ABOIO" é indicado ao 9º PRÊMIO SHARP DE MÚSICA, em maio de 1996 e é lançado em toda a Europa, EUA e Japão.
Em 1997 participa do Kaiser Bock Winter Festival, em São Paulo, dividindo a noite com Gal Costa, Guinga e Banda Mantiqueira.
Em 1998 o artista plástico espanhol David Lainez se inspira em "ABOIO" e realiza uma exposição de pinturas e esculturas em Pamplona e Tolosa, na Espanha, toda ela baseada nas músicas desse trabalho. O compositor faz, além dos shows de abertura dessas exposições, uma turnê percorrendo 7 capitais espanholas. Ainda em 1998, lança no Brasil, nos EUA, na Espanha, na Alemanha o CD "MULATO" com seus sambas em parceria com Paulo César Pinheiro.
Em junho de 1999 se apresenta em Los Angeles, EUA, no HOLLYWOOD BOWL, um dos templos sagrados da música americana e um dos mais conceituados palcos do mundo, espetáculo elogiadíssimo pela crítica americana. Em julho se apresenta em San Francisco, no Herbst Theater, dividindo a noite com a cantora e compositora Joyce, também com enorme sucesso.
Em 2000, juntamente com Leila Pinheiro, Olívia Hime, Lenine, Zé Renato e com a Orquestra Sinfônica Brasileira, participa no Teatro Municipal, como cantor convidado, da SINFONIA DO RIO DE JANEIRO, de Francis Hime.
Em julho de 2001 se apresenta no VIII Festival Internacional de Jazz de Lérida, Espanha, integrando a programação juntamente com grandes nomes internacionais do jazz, como Charlie Haden, Jack DeJohnette e John Abercrombie.  Em janeiro de 2002 lança o seu terceiro CD, “ÁFRICO – quando o Brasil resolveu cantar”, numa celebração da influência da cultura negra na MPB. Esse trabalho foi aclamado pela crítica, tendo sido vencedor do PRÊMIO RIVAL-BR em agosto de 2002, premiado como o melhor CD produzido do ano.
Em 2003 recebe o Troféu Pró-Música, em Belo Horizonte, na categoria melhor compositor. É também o segundo colocado no Prêmio Visa, Edição Compositores, em São Paulo. Em setembro, representa o Brasil no 1º Festival Íbero-Americano Latinautor, em Punta Del Este, Uruguay.
Lança em 2004 o seu quarto CD, “SÉRGIO SANTOS”. Já em 2005 participa juntamente com a cantora Joyce do Projeto Pixinguinha, com uma turnê por 8 capitais nordestinas, com enorme sucesso. Também se apresenta em Paris, na UNESCO, como intérprete da Sinfonia do Rio de Janeiro, de Francis Hime, no encerramento do Ano do Brasil na França. Em 2006 se apresenta em Charleston, South Carolina, EUA, no Spoleto USA Festival, com grande sucesso, juntamente com artistas como Kurt Elling.
Em 2007 lança “IÔ SÔ”, também pela Biscoito Fino, um trabalho inspirado no congado mineiro. Com esse trabalho se apresenta na Itália, na Argentina e no Uruguai.  Em 2009 lança o seu sexto trabalho, Litoral e Interior, com participação de Mônica Salmaso e com arranjos para orquestra de Dori Caymmi e André Mehmari. Esse trabalho lhe rende em 2010 a indicação ao 11º LATIN GRAMMY, a maior premiação musical do mundo em língua latina, com a canção “Litoral e Interior” concorrendo na categoria BEST BRAZILIAN SONG.

Paulo Bellinati e Weber Lopes


Paulo e Weber unem dois estados, duas histórias e estilos diferentes para criar uma nova sonoridade. Transitam entre a tradição e a modernidade misturando cores variadas para formar um novo matiz. É o que demonstra o CD Virado, 1º trabalho do duo de violonistas, esculpido através de composições próprias e parcerias inéditas. Cada um contribui generosa e decisivamente com sua verve: Paulo oferece uma linguagem urbana, cosmopolita, limpa e provocativa sem se descuidar de suas raízes, que passam tanto pelo toque caipira do interior paulista quanto pelo despojamento e ousadia da cultura metropolitana. Weber traz a tradição de Minas tratada e refinada por uma moderna visão harmônico-melódica, um estilo recheado de lirismo e pontuado pela força dos ritmos e tambores mineiros. O encontro não gerou conflitos, pelo contrário, instigou e inspirou belas interpretações e novas composições. A tônica foi a convergência. Prova disso foi a interação dos músicos que gravaram ao vivo todas as faixas, compartilharam arranjos e estrearam a primeira parceira, “Violão Virado”. Indo além, é só se deixar levar e se emocionar com músicas como A Rede e o Mar, Dança e Coda, Reinado, Carlo´s Dance, Flor do Tempo e Bom Partido, entre outras.

Falar dos dois violonistas/compositores é uma privilegiada e confortável viagem pela música brasileira.

Natural de São Paulo, Paulo Bellinatti é um dos mais respeitados violonistas brasileiros em todo mundo. Além de uma sólida carreira em palcos internacionais, é também um compositor e arranjador brilhante, com peças executadas e gravadas por violonistas como John Williams, Carlos Barbosa Lima e Duo Assad. Sua peça Jongo, ganhou o 1º prêmio no Festival Internacional de Composição para Violão da Martinica e já conta com mais de 50 gravações em todo mundo. Vários de seus CDs são referência de qualidade no Brasil e no mundo, entre eles, “The Guitar Works Of Garoto”, sobre a obra de Garoto e "Afro-Sambas", em duo com a cantora Mônica Salmaso.

Weber Lopes, nascido em Guanhães - Minas Gerais - é um dos grandes violonistas brasileiros da nova geração. Seus CDs têm sido elogiados pela imprensa nacional e internacional e seu talento, reconhecido pelo público. Já trabalhou com músicos como Toninho Horta, Yamandú Costa, Hamilton de Holanda e Nivaldo Ornelas. Já foi premiado com prêmios como o BDMG Instrumental e o Pro-música. Seu 1º, Flor do Tempo (1999) foi considerado um dos mais importantes lançamentos do ano. O 2º, MAPA (2005), tem tido uma trajetória de sucesso em palcos mineiros e nacionais. Weber tem se apresentado em países como Itália, Alemanha, Suíça, Lituânia, Nova Zelândia, França e Finlândia.

No show a dupla desfila o repertório do CD através de uma atmosfera de muita cumplicidade. A intimidade com que os dois tratam as belas composições permite que a cada momento elas sejam transformadas e renovadas. A improvisação e o diálogo levam os artistas a leituras novas e surpreendentes.

Por fim, Paulo e Weber trazem sabores e aromas variados para temperar um mesmo prato: um “Virado Paulista alla Mineira”, quem sabe. Estão servidos?


Depoimento


Os dois "Virado" com riso de moleques tocam feitos siameses que confundem 2 com 1 violão, viola ou qualquer grupo de cordas esticadas. Eles são mesmo donos de uma molecagem onde o sorriso é de saci que finge ter uma perna escondida quando voa rápido com passos inatingíveis... e o riso? que beleza essa dupla de 3 ou 5..."Bom partido é uma conhecida bela invenção",... vou levar o "Virado" pra Itália pra ver se a ida ou a volta ficam mais divertidas. Egberto Gismonti (agosto de 2010)



Críticas

“O violão brasileiro em sua mais pura essência”

“As imagens do interior do Brasil vão se delineando na percepção do ouvinte”

“O entrosamento entre os violões transcende as distintas personalidades musicais de seus donos, fazendo com que o mosaico de cores sonoras possa ser apreciado como uma única, pungente e indivisível obra-prima”

“O fraseado de Bellinati é matador ... Weber Lopes mostra-se um grande compositor”

“A música do duo flui de tal forma que fica difícil dizer o que é improviso e o que foi mil vezes pensado”

“A delicadeza e a beleza das execuções acertam em cheio a toda pessoas que possua um mínimo de sensibilidade musical”

Ricardo Vital – revista “Guitar Player” (dez/2009)

“DOIS VIOLÕES VIRADOS PARA OS BRASIS”

“Dois sofisticados violonistas”

“O resultado é o excelente CD Virado”

“Difícil destacar a melhor faixa”

“É uma porção de Brasil de grande riqueza sonora, além do samba, e ‘virado’ para o mundo”

Lauro Lisboa– jornal “O Estado de São Paulo” (18/12/2009)

CLÉBER ALVES

O Saxofonista, arranjador e compositor é hoje, um dos grandes nomes da música Intrumental brasileira. Com um trabalho que se caracteriza pela sonoridade lírica e criatividade melódica, passeia com propriedade pelo jazz e MPB. No Brasil foi aluno dos saxofonistas José Eymard, Evaldo Robson, Nivaldo Ornelas e Paulo Moura.Com uma carreira de grande prestígio no meio musical nacional, Alves também morou por dez anos na Alemanha, onde fez graduação e mestrado em Jazz e Música Popular na Universidade de Música de Stuttgart(Prof.Bernd Konrad). Sua carreira tem reconhecimento internacional, com participações em festivais na Alemanha, Suíça, Holanda, França e Espanha. Ainda na Alemanha lançou dois CDs: “Temperado” e “Saxophonisches Ensemble B”. No Brasil gravou o CD „Revinda“,onde ganhou o Prêmio Marco Antõnio Araújo pelo BDMG como melhor cd instrumental produzido em Minas Gerais em 2006.Cléber é Professor de Saxofone no Curso de Música Popular na Escola de Música da UFMG. Seu novo CD – Ventos do Brasil será lançado em breve.