“Filmar a trajetória de Gisele Omindarewa é contar a história das sociedades complexas, das construções de papéis sociais e de formas de sociabilidade.”
A pesquisadora Clarice Peixoto da UERJ fala da experiência com o documentário Gisele
Omindarewa (2009, Rio de Janeiro e Benin, 71 min.)
Por Roberta Nogueira
Eu estava interessada nessa história bastante peculiar e original de uma mulher da alta burguesa francesa, parisiense, que morava com os pais quando solteira num dos bairros nobres da cidade e veio parar em Santa Cruz da Serra, em um terreiro brasileiro. Isso foi o que me instigou.O meu interesse foi esse. E foi um trabalho muito longo.
Eu me sinto muito realizada com esse filme, porque é um filme sobre ela e não sobre o candomblé.E consegui mostrar isso, ao mesmo tempo, sem ferir a concepção da Gisele, que foi extremamente generosa , abrindo o terreiro pra gente durante um ano, então minha contra-partida era a de dar a ela um retrato que a contemplasse. O filme consegue isso.
(Clarice Peixoto)