Uma igreja de Conceição do Rio Verde, no Sul de Minas, foi alugada e virou uma escola de línguas e informática. As portas da antiga Igreja de São José Operário estavam fechadas há 30 anos e só agora foram reabertas. A Congregação Betarramita, que mantém institutos de ensino em vários países e também administra o prédio, decidiu explorar comercialmente o prédio e causou polêmica na cidade.
O espaço foi o principal ponto de encontro da comunidade católica da cidade até 1981. O prédio foi fechado depois que as missas passaram para a Basólica Menor de Nossa Senhora da Conceição, que fica a 100 metros do local. No ano passado ela foi reformada porque estava com a estrutura comprometida. Os moradoers temiam justamente que as atividades religiosas fossem encerradas no local definitivamente. Durante a reforma, os fiéis já questionavam a descaracterização da igreja. A torre, os arcos, as portas de madeira e a cruz foram retirados. Em outrubro do ano passado, o prédio foi colocado à disposição para locação.
A Câmara de Vereadores do município chegou a enviar um ofício à congregração questionando o fim que seria dado à capela. No entanto, o documento de resopsta assinado pelo Padre Mauro Henrique de Oliveira, diz que o projeto era utilizar todo o complexo do Instituto São José com atividades educativas e culturais.
O aluguel da igreja causou polêmica até com religiosos do município. O Pároco de Nossa Senhora da Conceição, Roberto Donizete de Carvalho, lamentou a destinação do templo: "A destinação comercial fera o sentimento religioso do povo, mas a paróquia não tem como interferir nas decisões da congregação. Eles transformaram a igreja em estabelecimento comercial e a comunidade não pode fazer nada".