EFEMÉRIDES
CAXAMBUENSES
1º de
fevereiro
1889
– Falecia em Ouro Preto o Dr. Silvestre Dias Ferraz Junior, nascido na cidade
de Cristina, em 14 de abril de 1851, filho do coronel Silvestre Dias Ferraz e
de Anna Leonízia Dias de Castro.
Iniciou
seus estudos na própria cidade de Cristina e, aos onze anos de idade, a família
transferiu-se para São João Del-Rey onde concluiu seus estudos secundários.
Posteriormente, seguiu para o Rio de Janeiro e, em 1867, matriculou-se na
Escola de Medicina daquela cidade, colando grau no ano de 1873.
Foi
eleito deputado provincial, pela primeira vez, em 1876 e por sete biênios
sucessivos representou o povo na Assembleia de Minas Gerais, sob a égide do
Partido Liberal.
O
Dr. Silvestre Ferraz, representante do sul de Minas Gerais nessa Assembleia,
pugnou para que a estrada de ferro passasse por Carmo de Minas do Rio Verde,
Cristina e Itajubá. Seu projeto, posto em discussão, foi aprovado.
As
obras da Estrada de Ferro Sapucaí começaram no dia 23 de fevereiro de 1889: no
final do ano de 1890 foi inaugurado o primeiro trecho, entre Soledade e Carmo
de Minas; em 15 de março de 1891 foram inauguradas as Estações de Cristina e de
Caxambu.
A
estação ferroviária de Carmo do Rio Verde foi inaugurada em 15 de março de
1890, em terreno doado por Manoel Dias Ferraz e a diretoria da estrada de ferro
deu-lhe, pioneiramente, o nome de Silvestre Ferraz; aliás, a Lei estadual nº
319, de 16 de setembro de 1901, criaria o município de Silvestre Ferraz, vindo,
somente em 12 de dezembro de 1953, através da Lei nº 1.039, a ser mudada a
denominação para Carmo de Minas.
Caxambu
homenageou-o com o nome de uma rua no centro da cidade.
2005 - Criada pela Lei nº 1.696 a Escola de Música do
Município de Caxambu.
3 de fevereiro
1903
– Faleceu na cidade do Rio de Janeiro Henrique Alexandre Monat, que nascera em
Salvador no dia 6 de junho de 1855, filho de Henri Honoré Monat e de Flávia de
Borja Castro Monat. Colou grau na Faculdade de Medicina em 1879 em Salvador e
mudando-se logo em seguida para a cidade do Rio de Janeiro ali começou o
exercício da profissão como preparador de Anatomia Descritiva da Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro.
Em
1886 foi um dos fundadores da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de
Janeiro. Monat também foi membro da Academia Nacional de Medicina.
Casou-se
com Maria del Carmen Nolle Torre Monat, na cidade de Santos e de cuja união
nasceram três filhas.
Henrique
Monat chegou a Caxambu no ano de 1894 e a sua obra-prima sobre a cidade – Caxambu - demonstra um conhecimento
fantástico que detinha sobre as águas minerais, mesmo porque foi para
estudá-las que se deslocou do Rio de Janeiro, vindo de trem, numa verdadeira
aventura que foi em sua obra contada com detalhes.
Foi
o grande predecessor daqueles que escreveram sobre Caxambu. Suas anotações
sobre a cidade, sua gente, seus costumes e, principalmente, as propriedades
curativas das águas minerais, serviram como pilares para outros que também
deram a sua contribuição literária sobre esta belíssima cidade. Sua obra
deveria ser um norte para os estudantes do município, pois ali estão os
alicerces daquilo que somos hoje.
Relatou,
com intensa emoção, as curas praticadas com o uso constante e correto desse ou
daquele tipo de água que, diga-se de passagem, à época não eram tantas, ou
melhor, ainda não tinham aflorado da forma como hoje as conhecemos. O Dr. Monat
foi uma testemunha ocular na formação de Caxambu, relembrando passagens de
personagens que escreveram a sua história: João Constantino, Manoel Joaquim, o
conselheiro Mayrink, Teixeira Leal e tantos outros.
4 de fevereiro
1878 – Nasceu na cidade de Safed, região da
Galiléia, Marcos Rozental, patriarca de uma das mais tradicionais famílias
caxambuenses. Filho de Mario Rozental e de Judith Rozental, emigrou para o
Brasil no ano de 1910, com uma estada na cidade do Rio de Janeiro onde, através
de notícias de viajantes, tomou conhecimento de uma pequena cidade que recém se
emancipara para além da Mantiqueira, com clima e águas salubres.
Viúvo, pai de três filhas menores, resolveu arriscar
a sorte em uma nova empreitada: chegou a Caxambu e aqui conheceria uma nova
esposa: Ana Maciel, filha de José Maciel, este nascido em Cruzília, e de Maria
Vieira Rocha Maciel, natural de Soledade de Minas, quando esta ainda era
distrito de Caxambu.
Sob as bênçãos do então pároco local, monsenhor
João de Deus, Marcos e Ana casaram-se em 20 de outubro de 1923 e da união
nasceram sete filhos: Mario, Rosa, Ruth, José, Isaac, Léa e Raquel, todos
formando família na cidade de Caxambu.
Marcos possuía um conhecimento vasto sobre línguas,
assim com o árabe, o hebraico e o ídiche. Aliás, Isaac Rozental , um dos seus
filhos, lembra que seu pai fazia não só a leitura de cartas como também as
escrevia para alguns cidadãos de origem árabe que residiam na cidade.
Marcos Rozental implantou em Caxambu,
pioneiramente, o sistema de venda a prestação e encantou a cidade quando para
aqui trouxe o primeiro gramofone, o qual reproduzia uma música intitulada
“Cabocla do Caxangá”, razão pela qual ficou, posteriormente, conhecido como
“senhor Caxangá”.
Marcos Rozental faleceu em Caxambu em 14 de julho
de 1951 e Ana Maciel Rozental, aos 100 anos de idade, faleceria em 1998.