Não há quem ainda duvide que a obesidade seja um problema no
Brasil quando os dados mais recentes do Ministério da Saúde indicam que mais da
metade dos brasileiros está com excesso de peso e 17,5% são obesos. Porém, ao
revelar que a obesidade brasileira custa, por ano, 2,4% do Produto Interno
Bruto (PIB) (cerca de R$ 110 bilhões), o estudo do McKinsey Global Institute
deixa claro que é necessário uma estratégia para lidar com o problema de saúde
pública.
O cenário não é preocupante somente no Brasil. De acordo com
o instituto norte-americano, a obesidade é responsável por até 5% das mortes em
todo o mundo e custa R$ 5,2 trilhões, ou 2,8% do PIB mundial. Para calcular o
custo dos 2,1 bilhões de obesos de todo o mundo, o instituto levou em
consideração gastos com perda de anos de produtividade do indivíduo obeso,
custos da obesidade aos sistemas de saúde e o investimento necessário para
erradicar o impacto da obesidade.
Soluções. Na hora de apontar possíveis soluções para o
problema, a situação continua complexa. “Muito do debate global em torno da
questão se tornou polarizado e muitas vezes antagonista. Obesidade é um
problema complexo e sistêmico que não tem uma solução simples”, diz o estudo.
Apesar disso, o instituto estudou 74 intervenções ocorridas
em 18 lugares de todo o mundo que têm como objetivo reduzir a obesidade. Entre
as iniciativas, estavam refeições saudáveis subsidiadas para escolas, rótulos
com informações claras sobre calorias, restrições de marketing de comidas e
bebidas calóricas e campanhas de saúde pública. As três soluções com o melhor
custo-benefício foram: reduzir porções, reformulação de produtos e retirada de
itens calóricos das prateleiras.
Parâmetro
A doença. Um dos cálculos para a obesidade indica que
ela ocorre quando há um excesso de gordura corporal de 20%, comparado aos
níveis desejáveis de peso e altura para cada sexo.