domingo, 25 de janeiro de 2015

ECONOMIZAR É PALAVRA DE ORDEM

Em meio à crise da falta de água que tem atingido centenas de cidades por todo o país, a palavra da vez agora não podia ser outra: economizar. Após o anúncio da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), na última quinta-feira, de que será preciso reduzir o consumo de água, muitas pessoas já começaram a procurar formas de evitar o desperdício.
Mas, ao contrário do que se pode pensar, contribuir com essa economia não demanda grandes esforços. Quem já incorporou as boas práticas na rotina conta que pequenos gestos fazem, sim, a diferença. “Na minha casa desperdício não existe. Tenho mais de 150 metros de área construída e há muitos anos não pago mais que a taxa mínima de consumo”, conta a aposentada Joana Maria Ferreira, 66.
“É muito comum a gente chegar em algum lugar e ver água gotejando da torneira. Na minha casa, qualquer defeito que aparece a gente já arruma bem rápido. Parece só um pingo, mas se você colocar um balde embaixo da torneira, de um dia para o outro ele enche, o que é um desperdício muito grande”, argumenta.
Sempre atenta a vazamentos e de olho em possibilidades de aproveitamento da água, Joana conta que ao lavar uma roupa deixa a água no tanque para depois ser usada em panos úmidos para limpar o chão.
“Além disso, se agarra alguma coisa na panela, ao invés de abrir a torneira e esperar encher, vou lavando outras vasilhas por cima”, afirma. “São coisas do dia a dia, mas que no fim fazem diferença. A gente tem que ter a consciência de que não é para mim que eu economizo, é para todo mundo. Tem gente que pensa ‘eu posso pagar então eu posso gastar’. Mas não é por aí. É preciso pensar no coletivo”, alerta a aposentada.

Energia. 
Segundo especialistas, a economia dentro de casa precisa ser feita também em relação à energia. Grandes vilões do desperdício, geladeira, ar-condicionado e computadores por vezes não recebem a devida atenção dos moradores.

Vilão
Calor. O ar-condicionado representa em torno de 40% do consumo de energia de uma residência. Só na troca por um aparelho mais eficiente, é possível economizar cerca de 30% de energia.

Jornal O TEMPO