segunda-feira, 6 de julho de 2009

MICHAEL JACKSON – O TRIUNFO DA DÚVIDA


O mundo das artes está de luto com a morte precoce de Michael Jackson. Mas a engenharia genética que se vale das pessoas como cobaias deveria estar no banco dos réus. Escrevi há pouco tempo sobre a minha indignação com a prática da nova medicina onde o óbvio está oculto. Espalham o terror levando as pessoas ao desespero, à loucura, às cirurgias plásticas de alto risco e até mesmo à morte.
A forma de massacre mais devastador, vem da medicina moderna que manipula e pratica experimentos com os portadores da mais cruel das doenças, a que mais fragiliza o ser humano que é a hipocondria. Michael Jackson foi uma presa fácil e endinheirada nas mãos desse segmento ganancioso que teve a participação da engenharia genética e cosmética dos Estados Unidos, que o desconstruiu e o desenvolveu, fazendo dele um ser mutante, caricato, com cabelos sedosos, olhos brilhantes, e mudanças na pele para a implantação de uma cara surrealista! Não estaria a caminho uma alteração do seu DNA para sua pele acender no escuro como o abdome dos pirilampos? Tudo é possível, em se tratando de dinheiro. O que é geneticamente impossível serve como figura de retórica!
Mais um assassinato chapa branca com a derrocada de mais um dos nossos mitos.
A parte necrófila da grande imprensa ouvirá os dignos médicos castradores das anatomias humanas para que se defendam em suas teses sobre os experimentos, os quais o cantor foi submetido em vários momentos de sua vida.
Do mesmo modo que desconhecemos ou fazemos pouco caso da existência de criaturas fantásticas que trabalham anonimamente para o bem da humanidade (físicos, biólogos, químicos, engenheiros, médicos, cirurgiões, cientistas, etc.) – tendemos a esquecer que outras também operam longe de nossas vistas no sentido contrário, contribuindo para a destruição (quem inventou o Zyclon B, o gás utilizado nos campos de concentração nazistas e as demais experiências genéticas praticadas na Alemanha do I Reich)?
Atravessamos a fase adulta criando os filhos ao som do jovem Michael Jackson, que não podia faltar nas reuniões de aniversários adolescentes. Alguns gêneros musicais provocam arrepios na nossa alma e no nosso coração, e são absorvidos pelos nossos ouvidos e acabam se instalando dentro da gente. Alguns ritmos são assimilados através da pele também, nos reviram, nos impulsionam, provocam reações físicas mais nervosas, e despertam em nós o tarado, o revolucionário, o selvagem, o herege e até a stripper. Com Michael Jackson foi assim.
A guitarra, a bateria, o piano, o sax, a belíssima voz com veneno, o seu corpo que falava nos compassos de cada música tudo isso misturado nos cativou pelo que teve de vibrante e sexy. No palco não tinha nada de cool e sim de incendiário com o seu poder eletrizante.
Viveu e fez tudo do jeito dele. Celebrou com multidões o lado mais quente da vida de um jeito só dele. Ele foi tudo isso. Ele não era só música. Do jeito dele ele foi atitude. Do jeito dele, ele engoliu, regurgitou, se desencantou, chorou. Está morto. Mas deixou para todos a herança que a humanidade necessita para seguir em frente: a dúvida. Michael Jackson - o triunfo da dúvida!


Dorothy Coutinho 27.jun.2009


Texto enviado por Márcia Bacco