Os cargos de confiança em Estados, municípios e no governo federal aumentaram 32% em cinco anos, saltando de 470 mil no início de 2004, para 621 mil pessoas agora, informa reportagem de Fernando Barros de Mello na edição dominical da Folha (íntegra do texto restrita para assinantes do jornal e do UOL).Os dados oficiais sobre as administrações diretas foram compilados pela Folha. Os cargos de confiança são os chamados comissionados, que podem ser ocupados por servidores de carreira ou por pessoas de fora do serviço público.
A fatia ocupada pelos comissionados no total de servidores na ativa também aumentou nos últimos cinco anos. Nos Estados, a fatia aumentou de 5% para 6% -- eram 115 mil em 2004 contra 158,8 mil agora (alta de 37,4%). No caso dos municípios, os comissionados passaram de 7,9% do total de servidores em 2004 para 8,8% em 2008.
No governo federal, os cargos de confiança passaram de 17.609, no começo de 2004, para 20.656 (subida de 17,3%). O crescimento do total de civis ativos foi de 7,67%, chegando 537,4 mil, segundo o Planejamento. A fatia ocupada pelos comissionados oscilou de 3,5% para 3,8%.
Leia a coluna completa na Folha deste domingo, que já está nas bancas.
Opinião do Editor do Site de Notícias NOTICIARAMA
Os tais cargos são necessários para o andamento das atividades numa administração pública, isto é fato. O que nós condenamos é o uso exagerado destes cargos para acomodar partidários e pessoas que de um jeito e de outro ajudaram na eleição do chefe do executivo. O ideal seria deixar o mínimo de vagas para os tais cargos de confiança, para os "amigos" e neste caso seriam os cargos mais estratégicos na administração, os de confiança direta mesmo e realizar concursos públicos para os demais. Seria mais justo e maior garantia de diminuição dos apadrinhamentos.
Neste contexto o que é TOTALMENTE AMORAL, sem cabimento, fora de propósito é a nomeação de parentes dos chefes de executivo nos tais cargos de confiança. Mesmo que a Lei considere que nomear irmãos, sobrinhos, filhos, esposas entre outros num determinado escalão seja permitido, como cidadão, entendo que o eleito deveria ter a consciência de não fazê-lo. Certamente existem outras pessoas disponíveis para tal. Só com atitudes assim, ou seja, fazendo o que é certo e não só o que é permitido, é que podemos mudar uma nação. Não adianta dizermos que o país é ruim, que a corrupção impera se num gesto simples de um mandatário por exemplo, estão presentes ações como a de nomear familiares. Mesmo que sejam pessoas honestas e competentes, e não é isto que estamos discutindo aqui, mas são da família, fazem parte de um circulo íntimo e pessoal. É questão de consciência e ética! E cada um tem a sua. O que a população deve enxergar é o quanto os políticos são uma coisa nas eleições e outra nos atos administrativos. E o velho conselho: olhar bem em quem estão votando. Os últimos governantes que temos tido em geral nos provam que cada vez menos o povo entende as mensagens passadas e conseguem ter um juízo de valor correto na hora do voto.
Falar em contratação de parentes é tocar na ferida de todos os níveis da administração pública. Os números mostrados na matéria da Folha de São Paulo falam por si. O que se espera no mínimo é que estes nomeados, os eleitos e até os concursados se lembrem que estão ali para servir e não serem servidos. São nossos empregados e que a Imprensa e o Ministério Público estão de olho. A Justiça pode ser até lenta em alguns momentos, mas não falha em tirar maus administradores do exercício do poder, prender corruptos e colocar as coisas em seus devidos lugares.
(Sérgio Monteiro, jornalista)
Neste contexto o que é TOTALMENTE AMORAL, sem cabimento, fora de propósito é a nomeação de parentes dos chefes de executivo nos tais cargos de confiança. Mesmo que a Lei considere que nomear irmãos, sobrinhos, filhos, esposas entre outros num determinado escalão seja permitido, como cidadão, entendo que o eleito deveria ter a consciência de não fazê-lo. Certamente existem outras pessoas disponíveis para tal. Só com atitudes assim, ou seja, fazendo o que é certo e não só o que é permitido, é que podemos mudar uma nação. Não adianta dizermos que o país é ruim, que a corrupção impera se num gesto simples de um mandatário por exemplo, estão presentes ações como a de nomear familiares. Mesmo que sejam pessoas honestas e competentes, e não é isto que estamos discutindo aqui, mas são da família, fazem parte de um circulo íntimo e pessoal. É questão de consciência e ética! E cada um tem a sua. O que a população deve enxergar é o quanto os políticos são uma coisa nas eleições e outra nos atos administrativos. E o velho conselho: olhar bem em quem estão votando. Os últimos governantes que temos tido em geral nos provam que cada vez menos o povo entende as mensagens passadas e conseguem ter um juízo de valor correto na hora do voto.
Falar em contratação de parentes é tocar na ferida de todos os níveis da administração pública. Os números mostrados na matéria da Folha de São Paulo falam por si. O que se espera no mínimo é que estes nomeados, os eleitos e até os concursados se lembrem que estão ali para servir e não serem servidos. São nossos empregados e que a Imprensa e o Ministério Público estão de olho. A Justiça pode ser até lenta em alguns momentos, mas não falha em tirar maus administradores do exercício do poder, prender corruptos e colocar as coisas em seus devidos lugares.
(Sérgio Monteiro, jornalista)