De acordo com Antônio Francisco Silva presidente da Associação das Empresas Mineradoras de São Thomé e Região - AMIST - a reunião serviu para definir quais os caminhos a entidade vai tomar em favor dos associados e que ações serão executadas junto aos órgãos competentes.
“Fomos fiscalizados de forma truculenta, com policiais federais armados entrando em nossos estabelecimentos como se fôssemos bandidos” – disse o Presidente.
O empresário lembrou que eles vão se adequar as exigências legais determinadas, mas que acha absurda muitas das colocações feitas pelos fiscais que basearam as autuações em regulamentações que foram implantadas visando grandes mineradoras como Vale do Rio Doce e Petrobrás.
“São regras que não podem se aplicar a pequenas empresas como as nossas. Será preciso um esforço político em conjunto para que possamos adequar algumas determinações a nossa realidade” – lembrou o empresário.
Na reunião alguns outros donos de mineração da região lembraram que a Legislação em Minas Gerais, depois de acordo com os donos de pedreiras da região, já está adequada a realidade.
Entre as exigências de agora estão detalhes como por exemplo a densidade dos colchões nos alojamentos. “Notem que as questões trabalhistas mais importantes nós estamos cumprindo. Outras questões como dissémos são aplicações que ocorrem em grandes empresas como a Vale, que tem faturamento e até linha de crédito para realizar tais investimentos” – lembrou um dos empresários presentes.
A revolta maior foi a presença truculenta da Policia Federal na ação: - Não somos bandidos, sempre respeitamos a lei e nunca em nenhum momento da história da mineração no Sul de Minas ocorreu uma agressão sequer a agentes fiscalizadores” – afirmou o presidente da AMIST.
Após contatos políticos, os empresários como classe representativa através da AMIST vão buscar caminhos para tentar adequar as normas do setor a realidade destas empresas, na maioria de pequeno porte. Os proprietários vão exigir também isonomia, ou seja, que todas as empresas do setor no país sejam fiscalizadas com o mesmo rigor.
O Secretário Executivo do Ministério do Trabalho Luiz Fernando Imediato vai receber uma comissão de representantes do setor com um relatório sobre as ações. A preocupação agora é manter os empregos. –“Algumas firmas foram autuadas e para honrarem o pagamento das multas vão ter que demitir funcionários” – lembrou o Presidente da AMIST.
Hoje o setor gera mais de 8 mil empregos diretos nas cidades de São Thomé das Letras, Baependi, Luminárias e Três Corações.
“Fica uma pergunta que o Governo Federal precisa responder: por que numa época de crise, com os mercados estagnados, onde o próprio Presidente da República pede investimentos para gerar empregos, um órgão federal chega para autuar pequenos empresários que geram empregos, deixando uma região inteira numa situação de risco na manutenção destes empregos? - questionam os membros da Associação dos Mineradores da Região de São Thomé das Letras.