Segundo Creci-Minas, elevação irá recuperar renovações defasadas aplicadas em 2009, quando variação foi negativa
A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que reajusta a maioria dos contratos de aluguel, fechou com alta de 0,79% em janeiro, acelerando em relação ao número anterior (0,69%). Com isso, o acumulado em 12 meses passou de 11,3% para 11,5%.
O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-Minas), Paulo José Vieira Tavares, explica que o reajuste pelo índice está previsto no contrato e o locador tem todo o direito de aplicar a taxa. A única opção é tentar negociar. Porém Tavares lembra que, em 2009, o IGP-M teve variação negativa de 1,72% e, desta forma, a elevação nas renovações de contratos em 2011 irá recuperar as perdas do ano anterior.
De acordo com o presidente do Creci-Minas, Paulo Tavares, uma forma simples e objetiva de realizar o cálculo é a utilização de fator que, multiplicado direto sobre o valor vigente, indicará o aluguel reajustado. Esse fator será de 1,15. Se o aluguel antes do reajuste era de R$ 700,00, o novo valor será, portanto, de R$ 805 para contratos em aniversário em janeiro de 2011 e pagamento em fevereiro.
Porém este mesmo imóvel, no momento da renovação do contrato, isto é, quando vencer os 30 meses, terá o valor renegociado para que seja readequado ao preço de mercado, como ocorre com os imóveis vazios, explica Paulo Tavares. “Este reajuste de 11,5% aplica-se apenas aos contratos em vigor que estão aniversariando agora. Os aluguéis já sofreram muita defasagem por causa da deflação e pelo aumento da demanda, por isto, os contratos que estão vencidos ou vencendo neste momento sofrerão reajustes de acordo com o mercado”, enfatiza Tavares. Segundo o presidente do Creci-Minas, a oferta continua baixa para atender a demanda por imóveis de dois e três quartos em Belo Horizonte. Segundo ele, agora em janeiro e fevereiro, a situação fica ainda pior por causa dos estudantes do interior ou de outros Estados que passaram nos vestibulares da capital mineira e estão à procura de moradia.
Após as alterações na Nova Lei do Inquilinato, que completou 1 ano de vigor dia 25 de janeiro, o relacionamento entre locadores e locatários tem melhorado bastante e hoje há mais abertura para negociação. “Atualmente os conflitos são mais raros. Porém, como a renda da população está mais alta e a demanda por locação tem crescido, a conjuntura é mais favorável aos donos dos imóveis", afirma.
Assessoria de Imprensa- Carla Damiani & Anna Elisa –