quinta-feira, 17 de março de 2011

O QUE É A VERDADEIRA RESPONSABILIDADE SOCIAL?



Hoje virou moda empresas se auto proclamarem responsáveis socialmente. Um jeito de tentar ser moderno ou ainda de iludir parceiros que buscam éticamente o mesmo caminho. Empresários que não cumprem suas responsabilidades básicas com o ser humano, como respeito à pessoa, pagamentos em dia, obrigações fiscais e trabalhistas, entre outras; empresários que não atuam no meio onde vivem ou de onde retiram sua base de produção, simplesmente exploram o lugar, buscando influências sócio-políticas, com base na articulação fantasiosa da política de baixo nível; e o pior ainda: empresários que degradam abertamente o meio ambiente e buscam subtefúrgios para tentar mascarar o mal que estão causando.
Estes muitos buscam em falsos "selos' de responsabilidade social um alívio na consciencia (se é que eles tem isto!) ou apenas um jeito moderno de buscar se inserir no mundo real da responsabilidade social e se passar como um deles para obter outras vantagens.
Se não vejamos, pense e compare:  de acordo com o Livro Verde da Comissão Europeia (2001),a responsabilidade social é um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo.
Com base nesse pressuposto, a gestão das empresas não pode, e/ou não deve, ser norteada apenas para o cumprimento de interesses dos proprietários das mesmas, mas também pelos de outros detentores de interesses como, por exemplo, os trabalhadores, as comunidades locais, os clientes, os fornecedores, as autoridades públicas, os concorrentes e a sociedade em geral. Ou seja, antes de visar apenas o lucro, pensar em como fazer deste lucro uma forma de melhorar e ampliar a base social de todos os envolvidos na empreitada. Trocando em miudos: dividir o lucro, pagar melhor o funcionário, investir no mesmo, dar oportunidades iguais, ser justo, ético e honesto! E ainda contribuir no mesmo nível com ações que afetem toda a comunidade, como políticas de sáude e meio ambiente.
Afirma Carlos Cabral-Cardoso (2002) que o conceito de responsabilidade social deve ser entendido a dois níveis. O nível interno relaciona-se com os trabalhadores e, mais genericamente, a todas as partes interessadas afectadas pela empresa e que, por seu turno, podem influenciar os seus resultados. O nível externo tem em conta as consequências das acções de uma organização sobre os seus componentes externos, nomeadamente, o ambiente, os seus parceiros de negócio e meio envolvente.
Os meios de comunicação social e as modernas tecnologias da informação e da comunicação têm sujeitado a atividade empresarial e econômica a uma maior transparência. Daqui tem resultado um conhecimento mais rápido e mais profundo das ações empresariais – tanto as socialmente irresponsáveis (nefastas) como as que representam bons exemplos (e que, por isso, são passíveis de imitação) – com consequências notáveis na reputação e na imagem das empresas.
As que hoje tentam se fazer passar por socialmente responsáveis mas não cumprem de fato estes ideais, mais cedo ou mais tarde pagarão um alto preço pela ação. Aos poucos o próprio mercado e a própria comunidade onde vivem e atuam vão expurgar este comportamento nocivo.
Para aqueles que buscam se enquadrar no formato ideal, o caminho passa por repensar o comportamento, partindo do princípio do respeito ao ser humano, as Leis,  como base real da verdadeira responsabilidade social.

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