sexta-feira, 11 de novembro de 2011

COLUNA


CONHECENDO O ÓLEO DE COCO



O coco é bastante difundido no Nordeste brasileiro e seu óleo, rico em TCM (triglicérides de cadeia média) é amplamente utilizado pela indústria alimentícia. A gordura bruta de coco foi bastante utilizada no passado sendo posteriormente substituída na culinária por óleos vegetais industrializados e margarinas.

O óleo de coco é um derivado da massa do coco, rico em gorduras saturadas. Em relação à sua produção, o óleo de coco é extraído a frio, pois como todo óleo que passa por processo de hidrogenação, como no caso das margarinas, também o de coco, se industrializado e muito aquecido, torna-se rico em gorduras trans, que causam oxidação e prejudicam o equilíbrio do perfil lipídico do sangue. A vantagem das gorduras saturadas, como a de coco, é que são as mais resistentes à oxidação e mais estáveis ao calor. Portanto, podem representar uma opção interessante para uso culinário.

Apesar de o óleo de coco ter em sua composição uma elevada concentração de ácidos graxos saturados, estes, são de cadeia média, apresentando então, comportamento metabólico diferenciado em virtude de suas características estruturais. Os triglicerídeos de cadeia média (TCM) apresentam fácil metabolização e baixa capacidade de oxidação, tanto no ambiente quanto no organismo. Sendo assim, não representam um fator de risco cardiovascular e, ao contrário, podem exercer um efeito protetor.

O óleo tem a propriedade de aumentar a fração HDL do colesterol. Além disso, a gordura do coco leva à normalização dos lipídeos (gorduras) corporais, protege o fígado dos efeitos do álcool e aumenta a resposta imunológica contra diversos microrganismos, sendo também benéfica no combate aos fatores de risco para doenças cardiovasculares.



Com base nestes dados conclui-se que o produto não é prejudicial e, ao contrário, pode ajudar a proteger o organismo e promover a saúde.

Atualmente o óleo de coco está sendo muito utilizado como um suplemento, na sua forma natural e em cápsulas.

Cerca de 50% da gordura do coco é composta pelo ácido láurico, o seu principal ácido graxo de cadeia média, que, no corpo humano se transforma em monolaurina, um monoglicerídeo capaz de exercer ação antibacteriana, antiviral e antiprotozoária.

Além do ácido láurico, cerca de 7% dos ácidos graxos do coco é composto pelo ácido cáprico, que se transforma no organismo em monocaprina, um composto também com propriedades antimicrobianas, notadamente contra o vírus HIV, entre outros.

O óleo é também rico em vitamina E, um grande agente antioxidante. Uma vantagem do óleo de coco é que ele se conserva por longos períodos, sem necessidade de refrigeração ou adição de produtos químicos.

Embora os estudos atuais demonstrem as propriedades nutricionais benéficas do óleo de coco, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não o reconhece como um alimento funcional, e portanto, não estabeleceu a recomendação do consumo do produto e de seus componentes.

As pesquisas, no entanto, indicam que um adulto provavelmente obtém os benefícios do alimento ingerindo de 10 a 20 g de ácido láurico por dia.

Contato, dúvidas ou sugestões: Dra. Nathália P. Sab - Nutricionista

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