O ZINCO E ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
Os
idosos estão sob risco nutricional como resultado de múltiplos fatores
fisiológicos, sociais, psicológicos e econômicos. O declínio natural das
funções fisiológicas com a idade leva à menor eficiência na absorção e no metabolismo
dos nutrientes. Nessa fase da vida, há maior incidência de doenças crônicas
que, em associação com medicamentos, pode afetar a utilização de nutrientes.
O
zinco é um micronutriente que está presente em enzimas, participa do processo
de mobilização hepática da vitamina A e atua no crescimento e maturação sexual,
funções imunológicas, dentre outras.
A
deficiência de zinco é considerada um problema nutricional mundial, pois afeta
igualmente grupos populacionais em países desenvolvidos e em desenvolvimento
(Salgueiro et al, 2000) e pode levar à anorexia, que reduz a ingestão de
alimentos com repercussões na saúde do idoso, e a dificuldades na reparação de
tecidos, que aumenta o tempo de convalescença em estados de doença.
A
ausência de zinco na alimentação tem sido associada à ingestão elevada de
alimentos ricos em carboidratos, com pequena contribuição de proteína animal,
um perfil comum entre idosos devido à menor renda e restrições para obter e preparar
as refeições.
Recomendação Diária de Zinco (mg) para indivíduos acima
dos 51 anos.
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Sexo
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Quantidade
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Feminino
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8
mg/ dia
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Masculino
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11
mg/ dia
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(DRI’s, 2002)
Principais fontes de zinco
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Alimentos
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Quantidade/ Medida Caseira
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Quantidade de Zinco (mg)
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Farelo
de Aveia
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94g
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2,92
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Feijão
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51g
/ 2 colheres de sopa
|
1,15
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Peito
de Frango
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180g/
1 pedaço médio
|
1,5
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Leite
Integral
|
240ml
/ 1 copo
|
1
|
Arroz
Integral
|
40g
/ 2 colheres de sopa
|
1
|
Carne
bovina
|
130g
/ 1 fatia média
|
4
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(USDA, 2006)
Com o
envelhecimento, pode ocorrer diminuição da ingestão energética por causa da
diminuição da taxa de metabolismo basal, da redução do tamanho corporal e da
atividade física. Em conseqüência, muitos idosos apresentam risco de ingestão
inadequada em nutrientes essenciais.
Devido
à importância funcional do zinco durante o envelhecimento, os programas de
atenção ao idoso devem incluir orientação nutricional para alcançar níveis
desejados de energia e equilíbrio entre os macronutrientes, com participação de
melhores fontes de zinco na alimentação, ou ainda, recomendação do uso de suplementos
a fim de alcançar níveis adequados do micronutriente no sangue.
Para
os idosos, a nutrição é especialmente importante devido às mudanças
fisiológicas relacionadas ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças
crônico-degenerativas. É fundamental que o idoso apresente uma dieta
equilibrada em carboidratos, proteínas, gorduras. O atendimento das
necessidades de vitaminas e minerais é essencial. Além disso, é importante a
refeição apresentar aspectos atrativos como a cor, sabor, aroma e textura, e que
seja priorizado o prazer no momento da refeição, atendendo as preferências do
idoso.
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