Oito dos nove crimes classificados como violentos tiveram quedas significativas nas ocorrências durante os primeiros quatro meses do ano em Minas Gerais. A diminuição chega a 40,48%, como acontece nos registros de extorsão mediante sequestro. As ocorrências de homicídio, indicador internacional de violência, também caíram 17,80% na Região Metropolitana, 10,65% em Minas Gerais e 28,87% na capital no quadrimestre.
Belo Horizonte, inclusive, acumula outros percentuais de redução expressivos, com destaques para a queda dos estupros de vulneráveis (32,71%), estupros em geral (17,24%), e extorsões mediante sequestro (50%).
As estatísticas de criminalidade violenta serão disponibilizadas no Portal Números (www.numeros.mg.gov.br). Além das comparações dos crimes violentos nos quatro primeiros meses do ano, o balanço dos 853 municípios mineiros divulgado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) inova, pelo segundo mês consecutivo, ao apresentar novas modalidades de crimes de forma transparente e periódica à população.
A partir de agora, além das ocorrências de homicídio tentado e consumado, roubo, extorsão mediante sequestro, estupro tentado e consumado, estupro de vulnerável tentado e consumado e sequestro e cárcere privado, o Portal Números trará, mensalmente, as estatísticas consumadas de furto, extorsão e lesão corporal.
Crimes violentos contra a pessoa
Todos os crimes violentos praticados contra a pessoa tiveram queda no primeiro quadrimestre deste ano em Minas (ver quadro). O Estado registrou 1.385 ocorrências de homicídio consumado nos quatro primeiros meses deste ano, contra 1.550 no mesmo período do ano passado. Vale ressaltar ainda que 660 cidades, ou seja, 77,37% do total de municípios de Minas Gerais não registraram este tipo de crime ou conseguiram reduzir ou manter as ocorrências computadas entre janeiro e abril de 2015.
Na avaliação dos homicídios tentados, a queda foi de 15,47% em todo o Estado, o que significa a redução das ocorrências de 2.152 para 1.819, na comparação janeiro a abril de 2014 com 2015.
Os registros de estupros, tentados e consumados, também tiveram reduções de mais de duas casas decimais. Em Belo Horizonte, o estupro consumado caiu 17,24%, com as ocorrências diminuídas de 203 para 168. A capital também tem a maior queda de estupros tentados, na faixa de 17,74% como mostra a tabela abaixo. Vale ressaltar que os dados de estupro em questão já englobam as ocorrências de estupro de vulnerável, ignorados pela antiga gestão. Separadamente, os estupros de vulnerável consumados caíram 15,73% em Minas e 27,27% em BH e os estupros de vulnerável tentados, 14,44% no Estado e 32,71% na capital.
Crimes contra o patrimônio
Os dados de extorsão mediante sequestro caíram em Minas, Belo Horizonte e na Região Metropolitana em percentuais que chegam a 50%. Na capital, a diminuição dos registros foi de 18 para 9 no primeiro quadrimestre deste ano. Na Região Metropolitana, os números baixaram de 33 para 20 (39,39%) e, no Estado, reduziram de 42 para 25 ocorrências (40,48%). Entre os 853 municípios, 845 (99,06%) não computaram esse tipo de crime ou tiveram queda/manutenção dos registros na comparação janeiro a abril de 2014 com 2015.
As ocorrências de sequestro e cárcere privado também reduziram no Estado e na Região Metropolitana. Em Minas, a baixa foi de 20,69%, com registros diminuindo de 145 para 115. Também deve ser ressaltado o fato de 806 cidades (94,49%) terem conseguido reduzir ou manter e até mesmo não registrar ocorrências de sequestros e cárceres privados. Na Região Metropolitana, a queda deste crime foi de 9,68%.
O roubo, entretanto, foi a única modalidade de crime violento que apresentou acréscimo nas estatísticas registradas nos primeiros quatro meses do ano, com as ocorrências ampliando de 31.091 para 35.105 no período de 2014 e 2015 em todo o Estado. O crime já é classificado como o maior desafio de 2015, pela a cúpula da segurança pública estadual, para a redução das estatísticas de violência de Minas. Vale ressaltar, entretanto, que o crescimento de 12,91% dos roubos nos municípios mineiros entre janeiro e abril de 2015 já indica uma desaceleração deste tipo de ocorrência no Estado. Na comparação do primeiro quadrimestre de 2013 com 2014, por exemplo, o aumento das estatísticas de roubo era de 28,6%.
