Os mutuários que contribuem para o Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) terão mais uma opção para o financiamento da casa
própria. A Caixa Econômica Federal tem disponível R$ 4 bilhões para liberar até
o fim do ano na linha de crédito imobiliário pró-cotista, criada pelo Conselho
Curador do FGTS em maio. O outro R$ 1 bilhão dessa modalidade será desembolsado
pelo Banco do Brasil (BB).
A Caixa Econômica Federal informou que já contratou R$ 1,35
bilhão na linha de financiamento à casa própria pró-cotista, O BB mapeou 2,2
milhões de clientes que reúnem condições para pegar financiamentos por essa
linha.
Para contratar, é necessário possuir conta ativa do FGTS
com, no mínimo, 36 contribuições, consecutivos ou não. Se o cliente não possuir
conta ativo, é preciso que o saldo total do FGTS seja igual ou superior a 10%
do valor do imóvel (ou do valor de compra e venda, o que foi maior).
O interessado em contratar o financiamento da linha
pró-cotista não pode já ser proprietário de imóvel no município onde reside ou
trabalho, nem nos municípios vizinhos e integrantes da mesma região
metropolitana.
Modalidades. Na Caixa Econômica, é possível financiar
até 85% do imóvel de até R$ 400 mil pelo prazo de 360 meses. As taxas de juros
variam entre 7,85% ao ano e 8,85% ao ano.
No BB, é possível financiar até 90% do imóvel avaliado até o
teto de R$ 400 mil, pelo prazo máximo de 360 meses. A taxa de juros é de 9% ao
ano.
A linha pró-cotista recebeu, no fim de maio, um incremento
de R$ 5 bilhões, autorizado pelo conselho curador do FGTS, do governo federal.
A medida incluiu um pacote para de socorro aos financiamentos imobiliários, que
ficaram sem recursos depois dos saques recordes da caderneta de poupança.
Na mesma reunião, o conselho curador do FGTS reduziu o valor
máximo do imóvel que pode ser financiado de R$ 750 mil para R$ 400 mil. O Banco
Central chegou a liberar os bancos para usar R$ 22,5 bilhões dos depósitos que
são obrigados a manter no Banco Central desde que fossem usados para operações
de financiamento à casa própria.
Alterações
Regras. O Conselho Curador do FGTS aumentou em R$ 4,9
bilhões o tamanho da linha pró-cotista. Até então, o fundo tinha cerca de R$
800 milhões disponíveis para esse tipo de operação.
Fonte: Jornal O TEMPO