Os deputados federais e estaduais pelo PV de Minas se sentaram nesta terça-feira (31) para uma longa e amigável conversa com o candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Antonio Anastasia, e o ex-governador do Estado, Aécio Neves (PSDB). A reunião, mantida em sigilo na agenda dos tucanos e dos verdes, vem reforçar a aproximação entre a candidatura de Anastasia e os nove parlamentares do PV. O detalhe é que o partido tem, em Minas, seu próprio candidato ao Palácio Tiradentes, o deputado federal José Fernando.
O sentimento - mesmo que não declarado - na sigla é de que, não tendo decolado a campanha de José Fernando, e a pouco mais de um mês das eleições, é hora de pular do barco. Depois de apresentar várias explicações formais e negar que o encontro tenha selado algum tipo de apoio informal ao candidato tucano, o deputado estadual Délio Malheiros admitiu: "Se a lei eleitoral permitisse estaríamos todos (candidatos a deputado) na campanha do Anastasia".
De acordo com o parlamentar, a "simpatia" de Anastasia e Aécio pelo PV é inegável. Por isso, segundo ele, a aproximação é "normal". O próprio presidente do PV mineiro, Ronaldo Vasconcelos, parece jogar a toalha e não se mostra disposto a comprar briga com os infieis. "Pelo menos não fui o marido traído, o último a saber. Os deputados me comunicaram que tinham sido convidados para um café. Sabemos que eles estão com o Anastasia, mas de uma maneira 'não pública', sem aparecer em palanques, por exemplo".
A parcimônia do próprio representante da legenda no Estado se explica em números. A candidatura do Partido Verde acabou não decolando em Minas, chegando o concorrente a ficar abaixo de 1% das intenções de voto em algumas pesquisas realizadas.
Por outro lado, os sete deputados estaduais verdes, por exemplo, se vêem confortáveis em retornar ao ninho tucano, onde estiveram durante todo o mandato do então governador Aécio (2003 a março de 2010) como base de apoio do governo. Os parlamentares, ávidos por renovar seus mandatos, também se viram atraídos pela ascensão de Anastasia nas pesquisas frente ao principal adversário na corrida ao governo, o senador Hélio Costa (PMDB).
Inviável punir?
Ao mesmo tempo em que diz estar tudo bem com a investida dos verdes estaduais e federais, Vasconcelos disse que há outros casos de infieis que estão sendo acompanhados. São traições mais abertas, como de concorrentes na eleição proporcional que chegaram a fazer santinhos "dobrando" com candidatos de coligações diferentes. Ele afirma, no entanto, que "em plena campanha, é inviável ficar abrindo comissões de ética e sindicâncias" para apurar essas situações.
Fonte: Juliana Prado UAI
O sentimento - mesmo que não declarado - na sigla é de que, não tendo decolado a campanha de José Fernando, e a pouco mais de um mês das eleições, é hora de pular do barco. Depois de apresentar várias explicações formais e negar que o encontro tenha selado algum tipo de apoio informal ao candidato tucano, o deputado estadual Délio Malheiros admitiu: "Se a lei eleitoral permitisse estaríamos todos (candidatos a deputado) na campanha do Anastasia".
De acordo com o parlamentar, a "simpatia" de Anastasia e Aécio pelo PV é inegável. Por isso, segundo ele, a aproximação é "normal". O próprio presidente do PV mineiro, Ronaldo Vasconcelos, parece jogar a toalha e não se mostra disposto a comprar briga com os infieis. "Pelo menos não fui o marido traído, o último a saber. Os deputados me comunicaram que tinham sido convidados para um café. Sabemos que eles estão com o Anastasia, mas de uma maneira 'não pública', sem aparecer em palanques, por exemplo".
A parcimônia do próprio representante da legenda no Estado se explica em números. A candidatura do Partido Verde acabou não decolando em Minas, chegando o concorrente a ficar abaixo de 1% das intenções de voto em algumas pesquisas realizadas.
Por outro lado, os sete deputados estaduais verdes, por exemplo, se vêem confortáveis em retornar ao ninho tucano, onde estiveram durante todo o mandato do então governador Aécio (2003 a março de 2010) como base de apoio do governo. Os parlamentares, ávidos por renovar seus mandatos, também se viram atraídos pela ascensão de Anastasia nas pesquisas frente ao principal adversário na corrida ao governo, o senador Hélio Costa (PMDB).
Inviável punir?
Ao mesmo tempo em que diz estar tudo bem com a investida dos verdes estaduais e federais, Vasconcelos disse que há outros casos de infieis que estão sendo acompanhados. São traições mais abertas, como de concorrentes na eleição proporcional que chegaram a fazer santinhos "dobrando" com candidatos de coligações diferentes. Ele afirma, no entanto, que "em plena campanha, é inviável ficar abrindo comissões de ética e sindicâncias" para apurar essas situações.
Fonte: Juliana Prado UAI